Novo tratamento: arma híbrida precisa para combater distúrbios imunológicos

São PauloPesquisadores avançam no tratamento de distúrbios imunológicos ao desenvolverem uma forma mais precisa de bloquear o imunoproteassoma. Esse complexo enzimático é crucial para o sistema imunológico combater infecções, mas seu excesso de atividade pode causar doenças autoimunes. O maior desafio tem sido criar um bloqueador que atinja exclusivamente o imunoproteassoma, sem afetar outros tipos essenciais de proteassoma que auxiliam na limpeza e remoção de resíduos celulares.
Uma equipe de pesquisadores liderada por Helge Bode do Instituto Max Planck para Microbiologia Terrestre, juntamente com Michael Groll da Universidade Técnica de Munique e Markus Kaiser da Universidade de Duisburg-Essen, criou um novo composto a partir da combinação de enzimas. Eles utilizaram sintetasas de peptídeos não ribossomais e sintetases de poliquetídeos, enzimas responsáveis pela produção de peptídeos e poliquetídeos. Isso resultou em um híbrido peptídeo-poliquetídeo que pode ser fundamental no desenvolvimento de novos inibidores específicos para o imunoproteassoma.
Novas Perspectivas na Biotecnologia
Pontos-chave sobre o novo desenvolvimento:
- A nova técnica utiliza a tecnologia XUT para manipular locais de encaixe em domínios de tiolação.
- Isso possibilita a fusão de sintases de peptídeos não-ribossomais com sintetases de poliquetídeos.
- A natureza já emprega híbridos semelhantes, como os sirbactins, para inibir proteassomas em organismos superiores.
- Os sirbactins são conhecidos por causarem morte celular ao obstruir sistemas de eliminação de resíduos, tornando-os potenciais medicamentos contra o câncer.

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Métodos tradicionais para bloquear o imunoproteassoma frequentemente causam efeitos colaterais indesejados. Inibidores atuais não são suficientemente específicos e podem interferir em outras funções celulares. Os pesquisadores estão utilizando um novo híbrido peptídeo-poliquetídeo para criar medicamentos mais precisos que visam melhor o imunoproteassoma. Essa abordagem pode reduzir o risco de efeitos colaterais, o que é crucial para a segurança dos pacientes.
A pesquisa tem muitos usos potenciais além do tratamento de distúrbios imunológicos. As mesmas técnicas podem ser aplicadas para criar medicamentos para outras condições em que bloquear o proteassoma seja benéfico, como alguns tipos de câncer. As sirbactinas, substâncias naturais que inspiraram este estudo, já demonstram potencial ao induzir a morte de células tumorais.
Os pesquisadores planejam aprimorar ainda mais esses compostos. Eles usarão modelos computacionais e métodos de teste rápidos para criar e avaliar novas versões de forma ágil. Isso ajudará a identificar os melhores e mais específicos candidatos para diferentes usos médicos. Embora o composto atual ainda não seja perfeito, ele oferece um bom ponto de partida para o trabalho futuro na inibição direcionada do imunoproteassoma. Esta pesquisa representa um grande avanço na criação de tratamentos melhores e mais seguros para condições relacionadas ao sistema imunológico.
O estudo é publicado aqui:
http://dx.doi.org/10.1016/j.chempr.2024.07.013e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Leonard Präve, Wolfgang Kuttenlochner, Werner W.A. Tabak, Chiara Langer, Markus Kaiser, Michael Groll, Helge B. Bode. Bioengineering of syrbactin megasynthetases for immunoproteasome inhibitor production. Chem, 2024; DOI: 10.1016/j.chempr.2024.07.013

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