Novo estudo revela riscos genéticos comuns entre Alzheimer, demência vascular e outras formas de demência

São PauloCientistas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas em San Antonio realizaram o maior estudo desse tipo sobre demência, analisando os genomas de 800.597 pessoas. Eles descobriram que os fatores genéticos que aumentam o risco de Alzheimer também elevam o risco para outras demências, como a demência vascular e a demência de causas variadas. Isso demonstra que os riscos genéticos para diferentes tipos de demência estão interligados.

O estudo utilizou vários conjuntos grandes de dados, incluindo:

• Coortes para Pesquisa Genômica em Cardiologia e Envelhecimento (CHARGE)
• Consórcio Genético da Doença de Alzheimer (ADGC)
• Biobanco Europeu da Doença de Alzheimer (EADB)
• Biobanco do Reino Unido (UKBB)

Existe uma considerável sobreposição nos fatores genéticos de risco para todos os tipos de demência, incluindo a demência vascular. Variantes genéticas associadas ao Alzheimer também são fatores de risco para outras formas de demência. Isso sugere que a demência é causada não apenas pela degeneração do cérebro, mas também por problemas vasculares, como pressão alta, diabetes e doenças dos pequenos vasos sanguíneos no cérebro.

As estratégias atuais de pesquisa e tratamento da demência podem precisar explorar caminhos comuns entre os diferentes tipos de demência. Tratamentos que melhoram a saúde vascular poderiam beneficiar não apenas aqueles em risco de demência vascular, mas também aqueles propensos a desenvolver Alzheimer. Isso sugere a possibilidade de criar tratamentos que abordem simultaneamente questões vasculares e problemas neurodegenerativos.

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Pesquisas anteriores se concentraram principalmente no Alzheimer, deixando de lado aspectos importantes da genética da demência. Bernard Fongang, PhD, e sua equipe destacam a necessidade de uma abordagem de pesquisa mais abrangente. O estudo ampliado deles pode nos ajudar a entender melhor a demência, possivelmente levando a novos tratamentos e formas de prevenir a doença.

Os estudos evidenciam a necessidade de dados genéticos mais diversos. Esta pesquisa concentra-se principalmente em indivíduos de origem europeia (98,5%). Para compreender plenamente os fatores genéticos e desenvolver tratamentos eficazes para todos, é crucial que pesquisas futuras incluam grupos mais variados.

Este estudo questiona a forma tradicional de categorizar os tipos de demência e propõe analisá-los em conjunto. A pesquisa genética e a prática médica devem levar em conta esses riscos genéticos interligados para aprimorar o diagnóstico e o tratamento personalizado dos pacientes.