Robô retira fragmentos de combustível da usina de Fukushima
São PauloRobô Remove Primeiro Resíduo de Combustível Derretido de Fukushima
O esforço de limpeza no local nuclear de Fukushima Daiichi deu um grande passo à frente. Um robô conseguiu remover com sucesso um pequeno pedaço de combustível nuclear derretido do reator da Unidade 2. Esta é a primeira vez que detritos de combustível foram removidos dos reatores danificados desde que o terremoto e o tsunami de 2011 causaram o derretimento. A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (TEPCO) enfrentou muitas dificuldades para chegar a este ponto, destacando como é complicado e perigoso descomissionar a planta.
A operação de recuperação revela detalhes importantes sobre os esforços contínuos.
- A missão, que começou em agosto, estava prevista para durar duas semanas, mas acabou sofrendo atrasos devido a erros procedurais e dificuldades técnicas.
- Um pedaço de combustível derretido, pesando menos de 3 gramas, foi extraído com sucesso, proporcionando uma oportunidade crucial para análise.
- A TEPCO e o governo japonês pretendem finalizar o descomissionamento da usina em 30 a 40 anos, embora especialistas digam que esta previsão é demasiadamente otimista.
A equipe enfrentou diversos problemas, ressaltando a complexidade da missão. Um erro no procedimento causou um atraso inicial. Eles precisaram substituir as câmeras do robô, que eram essenciais para enviar imagens aos operadores distantes. Essas dificuldades evidenciam o quão imprevisível e tecnicamente desafiador é trabalhar em áreas altamente radioativas, onde até problemas pequenos podem atrasar significativamente o progresso.
Apesar dos desafios, a coleta da amostra é um passo fundamental. A pequena quantidade de detritos de combustível pode nos fornecer informações valiosas. Esses dados serão essenciais para planejar a remoção das estimadas 880 toneladas de material radioativo ainda presentes nos reatores. Além disso, serão cruciais para o desenvolvimento de tecnologia e robôs especiais capazes de manipular detritos maiores de forma segura e eficaz. A análise da amostra também pode oferecer insights sobre o ocorrido durante o colapso, melhorando as futuras medidas de segurança nuclear.
TEPCO ainda não possui um plano definido para remover e descartar completamente os detritos de combustível restantes. Este desafio é complexo devido aos riscos envolvidos e à necessidade de tecnologias avançadas que continuam evoluindo. TEPCO e as agências governamentais estão concentradas em aprimorar suas estratégias, desenvolvendo novas ferramentas e métodos. Atualmente, cada pequeno avanço é crucial para enfrentar um dos maiores desafios no descomissionamento nuclear.
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