O mistério da fluorescência dos nanotubos de carbono: nova descoberta científica revelada

São PauloPesquisadores descobriram por que os nanotubos de carbono emitem luz quando se ligam a determinadas moléculas. Esses nanotubos podem ser extremamente úteis em biossensores para monitorar a glicose no sangue e testar COVID-19. O fator crucial é a água. Quando os nanotubos encontram moléculas-alvo, eles emitem luz cuja intensidade varia conforme a quantidade da substância presente. Essa descoberta foi feita por equipes da Ruhr University Bochum, na Alemanha, e da University of Texas at El Paso.
Pontos Principais do Estudo:
- Nanotubos de carbono atuam como biossensores ao alterarem sua fluorescência quando se ligam a moléculas específicas.
- Pesquisas utilizando espectroscopia de terahertz revelaram o papel crucial da água nessa fluorescência.
- A camada de hidratação, ou seja, as moléculas de água ao redor dos nanotubos, desempenha um papel fundamental no processo de emissão.
Nanotubos de carbono de parede única podem ser modificados com biopolímeros ou fragmentos de DNA para direcionar especificamente certas moléculas. Isso os torna úteis na detecção de neurotransmissores e outros marcadores biológicos. O método de detecção não era claro anteriormente, mas este estudo o esclarece.
A descoberta revela que o modo como os nanotubos de carbono interagem com a água ao seu redor é crucial. Quando um nanotubo se liga a outra substância, sua energia interna muda e se conecta com as moléculas de água próximas. Essa interação energética influencia o quão intensa é a fluorescência do nanotubo. Se um nanotubo fica mais brilhante, ele transmite menos energia para a água. Se ele escurece, transfere mais energia para a água.

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O estudo utilizou espectroscopia de terahertz, permitindo aos cientistas observar a transferência de energia. Essa técnica demonstrou o papel crucial da água, destacando o ambiente ao redor do nanotubo em vez do próprio nanotubo. Essas descobertas auxiliam na criação de biossensores mais eficientes.
Pesquisadores acreditam que compreender essa interação poderá ajudar a desenvolver biossensores mais avançados. No futuro, biossensores poderão ser projetados para funcionar de maneira mais eficiente e confiável ao levar em consideração essa interação da camada de hidratação. Isso é fundamental para testes médicos e estudos bioquímicos, onde precisão e sensibilidade são essenciais.
A Sociedade Alemã de Pesquisa, a VolkswagenStiftung e a Fundação Nacional de Ciência financiaram o estudo. Essa colaboração destaca a importância de integrar diferentes áreas para avançar o conhecimento científico. Os pesquisadores agora têm a oportunidade de aprimorar a tecnologia de biossensores, o que pode revolucionar o monitoramento e o diagnóstico de condições médicas.
O estudo é publicado aqui:
http://dx.doi.org/10.1038/s41467-024-50968-9e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Sanjana S. Nalige, Phillip Galonska, Payam Kelich, Linda Sistemich, Christian Herrmann, Lela Vukovic, Sebastian Kruss, Martina Havenith. Fluorescence changes in carbon nanotube sensors correlate with THz absorption of hydration. Nature Communications, 2024; 15 (1) DOI: 10.1038/s41467-024-50968-9

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