ONU discute resolução para terminar ocupação israelense de territórios palestinos
São PauloPaíses-membros da Assembleia Geral das Nações Unidas estão discutindo uma resolução para acabar com a ocupação israelense de áreas palestinas. Se aprovada, a resolução refletirá a opinião global, embora não tenha força legal. Diferente do Conselho de Segurança, composto por 15 membros e que possui poder de veto, a Assembleia Geral não conta com vetos, tornando esta reunião especialmente significativa.
A resolução está sendo impulsionada após a Corte Internacional de Justiça declarar em julho que o controle israelense sobre os territórios palestinos é ilegal. A decisão destacou que a reivindicação de Israel sobre essas áreas é inválida, citando leis internacionais que proíbem a aquisição de terras pela força. A Assembleia Geral é agora vista como o fórum onde o mundo pode expressar suas opiniões sobre o assunto.
Pontos principais da resolução incluem:
- Retirada imediata das forças israelenses dos territórios palestinos
- Fim da construção de novos assentamentos
- Evacuação dos assentamentos existentes
- Pagamento de reparações aos palestinos pelos danos causados pela ocupação
- Incentivo aos países para evitarem comércio ou investimentos que apoiem a ocupação
- Implementação de sanções relacionadas à violência dos colonos
Ocupação Representa Ameaça Séria para Palestinos, Diz Embaixador na ONU
O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, afirmou que a ocupação é uma ameaça grave para os palestinos. Ele ressaltou que é hora dos palestinos retornarem às suas terras ancestrais e viverem em paz e segurança. As declarações de Mansour sublinham a importância e a urgência da situação.
Através da embaixadora Linda Thomas Greenfield, os EUA criticaram a resolução por apresentar problemas. Ela afirma que a proposta não leva em conta o controle do Hamas sobre Gaza nem o direito de Israel à autodefesa. Greenfield acredita que a resolução pode piorar a situação no local e retardar o processo de paz. Seus comentários mostram que a questão é extremamente complexa.
O rascunho revisado, que prolongou a retirada de Israel de seis meses para um ano, demonstra que a resolução pode ser negociada e que os palestinos estão dispostos a considerar preocupações globais. Mansour afirma que obter amplo apoio internacional é crucial para pressionar Israel a mudar sua política em relação aos territórios ocupados.
Israel assumiu o controle da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza durante a guerra do Oriente Médio em 1967. A comunidade internacional vê essas áreas como ocupadas, e os palestinos desejam essas terras para constituírem seu próprio estado. Embora Israel possa resistir, a resolução busca unir a opinião global e aumentar a pressão sobre Israel para que siga as leis internacionais.
Essa abordagem cautelosa inaugura uma nova fase na diplomacia internacional sobre o conflito entre israelenses e palestinos. O desfecho pode ter um grande impacto na tentativa da Palestina de se tornar um estado e nas relações de Israel com outros países.
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